As 10 piores coisas que você pode dizer a um funcionário (e que podem te render um processo trabalhista)
- IAC Contabilidade
- 6 de ago.
- 3 min de leitura
Não é novidade para nenhum gestor que a comunicação interna é a espinha dorsal de um negócio saudável.
No entanto, em momentos de tensão, como uma demissão ou um feedback difícil, uma única frase mal colocada pode se transformar em um pesadelo jurídico.
A linha entre uma conversa honesta e uma declaração que configura assédio moral ou discriminação é tênue, e muitos líderes, sem intenção, acabam cruzando essa barreira.
O objetivo é ajudar você, empreendedor, a blindar seu negócio de riscos trabalhistas desnecessários, aprendendo como melhorar a gestão da sua empresa e evitar que frases infelizes se tornem um grande problema.
Vamos aos 10 piores erros que você deve evitar a todo custo em suas conversas com a equipe:
“Se você não está satisfeito, a porta da rua é a serventia da casa.” Essa frase, carregada de hostilidade, não apenas destrói a moral do funcionário, mas também pode ser interpretada como uma forma de assédio moral, configurando um ambiente de trabalho tóxico.
“Estou te demitindo porque você está grávida/doente/velho.” A legislação trabalhista é clara: demitir por qualquer motivo que não esteja estritamente ligado ao desempenho profissional é ilegal e passível de indenização pesada. A demissão por motivos discriminatórios é um dos processos mais graves que uma empresa pode enfrentar.
“Só te contratei porque precisava preencher a cota de PCD.” Além de ser desrespeitosa e desvalorizar a capacidade profissional do colaborador, essa frase revela uma má-fé que pode ser usada como prova de discriminação, ferindo a dignidade da pessoa e a lei.
“Você não tem mais idade para esse tipo de trabalho.” A discriminação por idade (etarismo) é crime. Fazer um comentário assim, especialmente em uma avaliação de desempenho ou demissão, abre a porta para um processo que questiona a igualdade de oportunidades na sua empresa.
“Seu salário está ótimo para o que você faz, não reclame.” Desvalorizar o trabalho do funcionário e anular sua voz em relação a remuneração ou condições de trabalho é uma forma de coação. Isso pode ser interpretado como assédio moral, pois mina a autoestima e a motivação do colaborador.
“Estou te demitindo porque não gostei de sua religião/orientação sexual/escolhas políticas.” Discriminação de qualquer tipo é proibida e punida pela lei. Tais declarações são inadmissíveis e podem levar a um processo por danos morais e materiais, com indenizações substanciais.
“Se você está tão cansado, talvez seja melhor para a sua saúde ficar em casa.” Quando um funcionário demonstra cansaço ou exaustão, a empresa precisa agir com cautela. Essa fala pode ser vista como uma pressão para que ele se demita, e em casos de burnout, a situação se agrava, pois a empresa tem a obrigação de zelar pela saúde mental e física de seus colaboradores.
“Você é a pior funcionária que já tive.” Feedback construtivo é uma coisa; ataques pessoais são outra. Comentários que atacam a pessoa, em vez de focar no desempenho profissional, podem ser configurados como assédio moral.
“Você não está dando conta do recado, e agora temos que te substituir por alguém mais jovem/com mais energia.” Novamente, o problema aqui é a discriminação por idade, que pode ser facilmente comprovada se a empresa contratar um funcionário mais novo para a mesma posição.
“Se você não fizer essa tarefa, considere-se demitido.” Essa é uma clara coação e um abuso de poder. O funcionário não pode ser ameaçado para cumprir tarefas, especialmente aquelas que não fazem parte de suas atribuições ou que violam seus direitos.
E o que fazer?
A melhor maneira de abordar situações delicadas é sempre com profissionalismo, clareza e respeito. Prepare-se, documente as conversas (quando apropriado), e, acima de tudo, aja sempre de forma ética e justa.
Como você lida com essas situações na sua empresa? Já presenciou algum desses erros? Compartilhe sua experiência nos comentários.
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